Morcego
Morcego alcunha de indivíduo feio, Morcega uma dominadora.
A Morcega, apesar de ninfomaníaca, era letrada, tinha estudo e conhecia métodos de dominação
medievais.
Ela fumava charutos e usava-os para queimar o pênis de seus parceiros sexuais.
Seu castelo construído em forma de labirinto permitia-lhe deixar seus parceiros enfraquecidos perambulando
pelos corredores, E quando eles estavam enfraquecidos, ela os assassinava.
Morcega cansada de ocultar cadáveres atrás de paredes falsas ateou fogo no castelo.
Ela foi ser moradora de rua.
Na rua, ela conheceu sua alma gêmea, o Morcego.
Eles agiam como duas crianças, usando capas feitas com cobertores descartados e rotos.
Certa noite, muito embriagados, eles tentaram voar. Eles pularam do alto de uma passarela e esborracharam-se
em uma pista de rolagem tendo em seguida sendo pisoteados por todo tipo de veículo,
Não havia como reconhecer o corpo de um ou de outro tão estraçalhados ficaram os corpos.
Pegaram o que restou dos corpos deles e os enterraram juntos.
E se faltava um pingo no i, foram enterrados num cemitério para indigentes.
Um lugar horroroso era o cemitério, quase um terreno baldio,
Longos anos passaram-se após o enterro da dupla em único ataúde.
Um sobrevivente dos corredores do labirinto da Morcega, foi enterrado nesse cemitério depois desses tais
longos anos.
Esse sobrevivente de nome Eustáquio, alcunha Boladão, após escapar do castelo e fazer outras coisas do arco-da-velha,
converteu-se a um culto macabro chegando a condição de Monsenhor dentro da sinistra missa negra. Seus poderes
eram tantos que sua alma morta continuava vagando onde estava seu corpo macilento.
Monsenhor Boladão percebeu que dentro daquele cemitério havia almas entrelaçadas e uma das quais intentou
contra sua vida.
Redemoinhos de fumaça fétida começaram a subir da terra do cemitério e matou a vegetação do lugar incluindo árvores
de grande porte. Em seguida o lixo acumulado ali derreteu.
A vizinhança do cemitério que era pouca fugiu dali tão logo começaram os fenômenos.
Sem ninguém para testemunhar a vingança de Monsenhor Boladão contra a Morcega, ele levantou-se da cova.
Ele cavou com as mãos a cova da Morcega e do Morcego para triturar a ossada deles com os dentes, Assim dizia sua
seita: “-Triturai os ossos de vossos inimigos com os dentes.”
Morcego e Morcega acordados do sono eterno viram levitando no ar um grande homem totalmente vestido de preto.
De imediato, Morcega fez a fusão definitiva com Morcego tornando=se uma criatura com duas cabeças, quatro braços e
quatro pernas sem sexo definido.
Monsenhor Boladão arrancou uma cruz do chão e partiu para matar a medonha criatura que nunca dantes enfrentara.
A criatura arrancou a cruz da mão do Monsenhor Boladão e partiram a cruz em quatro. Com cada mão dos quatro braços
segurando um braço da cruz, eles desferiram golpes mortais contra o inimigo. Como Monsenhor Boladão era invencível,
assim que ele fraquejou, a funesta criatura vaporizou-se rumo à estrela mais distante.
Quando a fusão de Morcego e Morcega desfez-se nos limites do cosmos, sem titubear eles lançaram-se rumo a Terra
da mesma maneira que saltaram da passarela. Em milésimos de segundo eles estavam de volta à Terra e ao cemitério.
Monsenhor Boladão recompunha-se da vibração radioativa liberada pela vaporização do Morcego e da Morcega. Seus poderes estavam minimizados e ele cambaleou de volta para sua cova.
Morcega desenhou um emblema medieval na terra sobre a cova do Monsenhor Boladão para ele nunca mais sair de lá.
Morcego pediu separação da Morcega logo em seguida à tentativa de vingança de Monsenhor Boladão. Ela discordou
e soltando uma língua de serpente métrica a enrolou no pescoço do Morcego e o sufocou matando seu parceiro zumbi.
Morcego e Monsenhor Boladão ainda retornariam para tentar Morcega,